domingo, 4 de julho de 2010

"O Darwinismo ou o Fim de um Mito", de Rémy Chauvin

"O Darwinismo ou o Fim de um Mito" - Rémy Chauvin
Instituto Piaget

Com esta obra, o mundialmente conhecido biólogo, Rémy Chauvin, traz à tona as inúmeras fragilidades do darwinismo, abrindo espaço para um debate que há muito já deveria ter-se iniciado. Embora rechace as pretensões darwinistas de lídima ciência, Chauvin não pretende oferecer uma alternativa a Darwin. Segundo ele: "não há apenas dois partidos, mas três: acreditar em Darwin, acreditar na criação sob a forma mais ingênua, ou o terceiro partido, o mais objetivo: confesar que se sabe demasiadamente pouco para se poder avançar uma conclusão, seja qual for... Esta última conclusão é a que tem a minha preferência, e não sou o único a aderir a ela" (p. 32).

MEUS DESTAQUES:
“Evoquei atrás o espanto que tomou conta de mim quando testemunhei, pela primeira vez na minha vida, o desvio darwinista para a violência nas conversas, e mesmo para a injúria. Teremos de admitir que esta tendência vai generalizar-se, pelo menos em certos meios? Penso que sim, e poderá constatá-lo quem ler Dawkins ou Dennett (já Monod manifestava esta tendência); aliás, foi por isso que lhes conferi um tão grande destaque, para que os leitores se não habituem a considerar o darwinismo como uma teo ria igual às outras. Ele é muito mais do que isso...
Falava Dennett das «perigosas ideias de Darwin», que comparava com um ácido que corrói subtilmente todas as velhas fórmulas e todas as velhas crenças. Com efeito, foi nisso que o darwinismo se transformou (Darwin não ignorava que isso aconteceria) e Dennett alegra-se com esse facto, porque o seu ideal é o materialismo integral.
[...]
E, com efeito, eis a situação que «profetas» indiscretos como Monod, Dawkins e Dennett não consideraram seriamente: uma grande parte dos nossos concidadãos (e a quase totalidade daqueles que não têm cultura científica, isto é, a maioria, em consequência do fracasso do nosso sistema de ensino) tem medo, e por vezes horror à ciência; sobretudo por causa da bomba atómica e da poluição, mas o seu medo vai muito para além destes temores, afinal justificados: porque os perigos do átomo e da poluição resultam da ciência e do produtivismo industrial, que dela decorre direc tamente. Qualquer campanha anticientífica tem um eco imediato, que me assusta.
Na verdade, as pessoas não gostam de nós; alguns cientistas dis­seram realmente demasiadas tolices, que não procediam da ciência, mas apenas das suas preferências filosóficas pessoais. Se de facto a ciência dá do mundo uma imagem insuportável, se priva a vida do seu sentido (e é claramente essa a conclusão do livro de Monod, sem esquecer o eco que dele fazem Dawkins e Dennett), suprimamos a ciência! É muito fácil, basta reduzir os financiamentos aos laboratórios.
Será isso impossível e inoperante? Realmente? Suponhamos que o governo, acossado por preocupações financeiras, decide reduzir o orça mento da investigação (que é o que está já a fazer). Pensa o leitor que a população se preocuparia com isso? Acha que uma manifestação de investigadores que exigissem financiamento provocaria grande emoção? Mas então, para sossegar as pessoas, deveremos regressar ao bom velho criacionismo?
Naturalmente que isso seria completamente absurdo, tanto mais que o criacionismo não explica coisa alguma, o mesmo acontecendo com o darwinismo, como veremos adiante. Pretender que o Deus criador auxiliou pessoalmente o Ichtyostega a sair do oceano no devoniano não nos ajuda a compreender o que se passou; ora, é isso que a ciência deseja antes de mais: compreender o mecanismo interno e fisiológico que susci tou esse fenómeno.
Na realidade, os criacionistas actuais procedem com base numa teo logia absolutamente ingénua, à qual a religião há muito renunciou. Na teologia moderna, a matéria depende do Deus criador, mas Deus não depende da matéria. O próprio acto criador está rodeado de um mistério profundo e, se Deus viesse explicar-no-lo, seria trabalho perdido, porque não o compreenderíamos! Deus esteve na origem dos mecanismos subli mes que nós procuramos desvendar; e o pouco que deles compreendemos faz-nos mergulhar na admiração... Mas a sua origem continua rodeada de bruma, e eu quase diria, parafraseando Pascal, que «o mistério eterno destes mecanismos infinitos assusta-me».
O que é preciso fazer é estudar, procurar compreender. E abandonar o orgulho. Ainda sabemos muito poucas coisas; não sabemos o suficiente para vaticinarmos e pretendermos, como os darwinistas, que já compreen demos tudo, ou que possuímos a teoria definitiva, que é a mesma coisa” (p. 14, 15).

É isso!

Fonte:
Rémy Chauvin. O Darwinismo ou o Fim de um Mito”. Instituto Piaget. Lisboa, 1997.

2 comentários:

  1. Rémy Chauvin, primeiro ele é francês e como todo bom francês ele abriu guerra contra o inglês.
    Segundo ele nâo foi grande não, era um esquecido o criacionistas que derão um fôlego de vida para ele.
    E terceiro e mais importante a baleia destruiu a tese dele. foi triste mas é verdade.

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  2. Prove as suas afirmações antes sua imbecil.

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